segunda-feira, 9 de julho de 2012

Enquanto isso...

Eu vi um homem (até mais que um)
Morrer de amores
Sofrer por esse amor
Enquanto mulheres e homens
Diziam que homem não ama de verdade.

Eu vi mulheres traindo
Enquanto homens e mulheres
Diziam
Que mulher não é infiel.

Eu vi
Árvores frutíferas
Que jamais deram frutos
Enquanto todos diziam
Que árvores de frutos dão frutos palpáveis.

Eu vi o verbo
A palavra
Ser mais que som
Que escrita
Ganhar forma
E sair seduzindo por aí
Enquanto muitos dizem
Que poesia é só besteira.

Eu já vi
Já ouvi dizer
Fez-se acontecer
Uma grande merda
Enquanto todos falavam que aquilo ou os algos
Jamais dariam errado
Que era seguro
Que asseguravam

Eu senti, vi, vivi, presenciei
Laços desfeitos
Sentimentos despedaçados
Enquanto diziam
Enquanto juravam
Enquanto mentiam
Que nada jamais acabaria

Eu não vi a morte
Somente olhei
Corpos sem ar
Mãos sem toque de calor
Olhos fechados
Fechando imensidões
Enquanto caixões se fechavam
Fechando luz consigo
Enquanto diziam que somos seres supremos.

Eu vi
E mesmo que não visse
Alguém me diria
Que as pessoas sempre julgam
Tudo
Com falsas certezas que teimam estarem mais que certas
E que muitas e muitas vezes
Deixamos de viver plenamente
Por puro medo e/ou vergonha
Da tola falácia alheia...

(Leticia de Oliveira - Escrito em: 10/11/2008 - Postado em: 10/07/2012)

sexta-feira, 22 de junho de 2012

Inteiramente

 Me cansei de ser lépido, fagueiro, ora cansado e de semblante triste...
 Descobri, que a vida é um desenrolar de atos errôneos, que vem e nos sugam para sua doce infinitude.
 E para aqueles que ainda não conhecem a intensidade do meu ohar, apresento-me como o atualmente descomplicado, o momentaneamente idealizador, o vislumbrador de poesias...
 E se de minhas vistas cansadas sentires falta, volte ao começo da existência e por lá mesmo permaneça, pois, quem quer solidão e sofreguidão, ao meu encalço, não encalçarei!
 E de vontades vivo... não mais de sonhos, pois, ontem dei de bandas, aos tropeços, com um sonhador, que jazia sobre uma esquecida calçada qualquer...
 Queres me encontrar? Alcance a mais bela estrela que passa, por um céu brilhante e equidistante... pois, por ilusão um dia morri...
 E ressuscitei,
 E aqui estás...
 O mais novo vivente, que não se deixará morrer, novamente, por qualquer bobagem. Cá está, por que essa vida que aqui está... nossa, como a vida é bela!

(Leticia de Oliveira  - Escrito em: 03/11/2011 - Postado em: 22/06/2012)

Dedico esta minha primeira publicação aos meus queridos amigos: Rodrigo Costa (proprietario do blog Apenas Real e meu grande incentivador para este projeto), Carolina Mesquita e Julio César, por serem estes três, parte em todos estes anos de linhas percorridas... obrigada por toda leitura, por toda sinceridade e por apreciarem minhas obras! Devo isso a vocês! Amor é pouco para o que sinto...